sexta-feira, 26 de maio de 2017

Fãs racistas de Jornada nas Estrelas reclamam da diversidade em Discovery, provando que não sabem nada de Jornada nas Estrelas



Por Charles Pulliam-Moore para Gizmodo
Tradução por Paolo Giovanoli

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Quando começaram a dar forma a Star Trek: Discovery, o produtor original, Bryan Fuller, e a produtora executiva Heather Kadin tinham total certeza de que a nova série deveria se manter fiel à visão de Gene Roddenberry de evolução social e inclusão. Mas, para uma parcela bastante expressiva e racista de "fãs", a ênfase na diversidade vista em Discovery pode ser comparada a um "genocídio branco". 

Não é nenhuma surpresa os fãs de uma determinada franquia torcerem o nariz quando o último filme ou spin-off se distancia dos modelos (N. do T.: 'modelos' pode ser entendido como 'estereótipos' sem prejuízo de sentido) originais, historicamente dominados por homens heterossexuais, brancos e cisgênero. Mas os fãs mais racistas elevam o tom da discussão alegando que compensar essa representação desigual ataca diretamente esse mesmo grupo, o dos homens brancos citados acima - vide o recente reboot de As Caça-Fantasmas, Star Wars... bem, basicamente tudo hoje em dia. 

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A nova série da CBS, "Star Trek: Discovery", só tem um branco no papel e surpresa - ele é gay! Mais um fracasso dos #SJW, como a Marvel. #WhiteGenocide pic.twitter.com/1ng1HW3L53

— Conscious Celt (@ConsciousCelt) May 18, 2017

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STAR TREK: Discovery
parece mais
Star Trek: eu forçando a Diversidade

- David Laettner (@DavidLaettner) May 18, 2017

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Star Trek Discovery. Os únicos caras brancos são um vulcano cuzão e um timoneiro molenga. Parece que a série é bem SJW. 

- Lubert Das (@LubertDas) May 17, 2017

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(N. do T.: SJW significa "Social Justice Warriors". Pode ser traduzido como "Patrulha do Politicamente Correto")


O que diferencia essa linhagem de trekkers intolerantes do restante dos que falam besteiras internet afora, por mais irônico que seja, é o quão errado é o seu entendimento dos valores principais de sua tão amada franquia. Jornada nas Estrelas é literalmente a história de uma organização de exploradores interestelares que não conseguiriam fazer o que fazem, não fosse pelo fato de sua sociedade ser baseada em cooperação entre outras civilizações e aceitação do próximo como ele é.

Desde os primórdios, Jornada procurou promover na TV a diversidade de formas que os outros programas da época não conseguiam. A Série Original, exibida de '66 a '69, era reconhecida por ter como personagens uma mulher negra e um homem japonês, ambos em papéis de grande relevância e totalmente fora dos estereótipos raciais da época. 

Os spin-offs subsequentes, A Nova Geração e Deep Space 9, continuaram com essa tradição, apresentando homens negros e mulheres como capitães à frente de tripulações de rica diversidade étnica. No geral, Jornada nem sempre foi tão boa quanto deveria no que diz respeito à representatividade, mas melhorou bastante ao longo do tempo. 

Quando Discovery foi anunciada pela primeira vez, Fuller prometeu que a série incluiria uma tripulação diversificada composta de pessoas com diversas raízes étnicas, bem como sexualidade e gênero, e todas elas seriam como uma representação da infinidade de culturas que compõem a Frota Estelar. E até aqui eles tem cumprido a promessa: dos sete papéis principais, quatro são homens e mulheres de cor. Também é ótimo ver que os primeiros trailers apresentam de forma bastante evidente a imediato Michael Burnham (Sonequa Martin-Green) e Philippa Georgiou (Michelle Yeoh). 

Para muitos fãs de longa data de Jornada, a inclusão de Burnham e Georgiou é a reafirmação da promessa de Gene Roddenberry, de que a série, tanto em seus roteiros quanto na vida real, iria audaciosamente onde nenhum outro programa na televisão jamais foi. 

Mas mesmo além de simplesmente escalar atores representativos, Jornada sempre foi sobre tolerância e compreensão. Se você assistir aos episódios originais em que a tripulação encontra entes hostis de outros planetas, verá que o dia sempre foi salvo por Kirk e companhia buscando ver a situação do ponto de vista de seu adversário, e acima de tudo procurando agir junto com eles e não contra eles. Quando punhos e fêiseres não eram suficientes, a diplomacia e a compreensão mútua prevaleciam (N. do T.: isso fica bastante evidente no episódio "Um Pedaço da Ação", assim como no final de "Padrões de Força"). 

Jornada ~sempre~ defendeu que conseguir olhar além das diferenças do próximo é a maior habilidade que uma pessoa possui - e que ela pode levar à criação de uma sociedade fantástica no pleno sentido da palavra. Nem sempre Jornada seguiu sua própria mensagem à risca (vide a predominância de capitães homens e brancos, por exemplo), mas Discovery busca fazer com que a série permaneça fiel a essa mensagem. 

Sempre haverá esse ou aquele que diz ter saudades dos velhos tempos, onde mulheres, negros e pessoas de gêneros diferentes simplesmente não faziam parte dos fandoms de ficção científica. Esses 'velhos tempos' são balela. Nós sempre estivemos presentes. A única diferença é que séries como Star Trek: Discovery não procuram mais ignorar isso.

E aqueles que não gostaram de Discovery por ser tão inclusivo não tem a menor capacidade de entender que aquilo que eles desprezam é a grande bandeira de Jornada nas Estrelas. Um dos principais motivos pelo qual a franquia é tão amada e tão bem-sucedida é exatamente porque passaram ao largo desse tipo de manifestações intolerantes por todos esses anos.

quarta-feira, 17 de maio de 2017

10 momentos-chave do trailer de Star Trek: Discovery



Em primeiro lugar, é preciso dizer que a espera foi longa mas valeu a pena. O trailer de Star Trek: Discovery divulgado hoje no evento anual onde a CBS dá uma prévia sobre os novos programas e novas temporadas arrebatou a internet e já causou diversas polêmicas entre os fãs. Desde a incoerência da estética em relação ao período no tempo onde a história se desenrola (10 anos antes de Kirk, Spock e Enterprise), até o uso de lens flare que remetem ao universo de Star Trek reimaginado por JJ Abrams. Polêmicas à parte, vejamos alguns elementos interessantes que podemos identificar no trailer, que você pode ver aqui (sem legendas) e na versão menor da Netflix Brasil legendado em português aqui

O que importa é que as expectativas estão em velocidade de dobra! Depois de mais de uma década, Star Trek está acontecendo de novo no seu habitat natural, a TV. Está acontecendo! Está acontecendo! Veja alguns aspectos importantes que o blog pinçou no trailer lançado hoje.

Aparentemente, a missão começa nos limites do território da Federação. Com toda a sorte de problemas que isso pode trazer. Aliás, a temática de fronteiras parece estar em alta no universo de Star Trek, vide Star Trek Beyond. Mas não foi sempre sobre isso que Star Trek tratou? A Fronteira Final. Na cena, vemos Burnham emulando Spock em sua jornada V'Ger adentro...



A primeira-oficial Michael Burnam (Sonequa Martin-Green) aparentemente foi criada entre vulcanos, o que garante um conflito interno muito interessante, com grande potencial dramático. Além disso, vemos a perspectiva inversa de Spock, um vulcano (ao menos no aspecto cultural) em conflito com seu lado humano. Desta vez a personagem será uma humana em conflito com sua faceta vulcana. 

A pequena Burham entre vulcanos

Por falar nisso, talvez, a exemplo de Enterprise, os Vulcanos voltem a ter o protagonismo que não tiveram em TNG e DS9. Vida longa e próspera aos vulcanos e a Discovery!



Outro aspecto central da série e que salta aos olhos nas poucas (e boas) imagens que pudemos ver até agora é o protagonismo feminino, nas figuras da capitã Georgiou (Michelle Yeoh) e sua primeira-oficial Michael Burnham. As cenas entre as duas prometem alguns dos momentos altos de Discovery. Certamente, a nova encarnação de Star Trek será aprovada com louvor no Teste de Bechdel. Isso sem falarmos no fato de que a série será liderada por uma mulher negra e por uma mulher oriental. Representatividade importa!

Personagens femininas fortes no centro de Discovery
Klingons! Talvez os vilões mais queridos de Star Trek estão de volta, com tudo e com muito estilo (embora exista toda a problemática da sua aparência...). Uma das cenas mais impactantes do trailer mostra um klingon urrando voltado para cima, como costumam fazer estes nobres guerreiros quando um dos seus morre. 



O sárcofago klingon! Ele existe, ele é real, ele estará nas nossas telas daqui a poucos meses! Devemos lembrar daquelas primeiras artes conceituais (que foram criticadas pela maior parte dos trekkers) aparecidas há mais de um ano e que justamente indicavam esse flerte com a arte egípcia para a cultura klingon. Nunca esquecendo que as Aves-de-Rapina possuem elementos inspirados na arte do Egito Antigo.



De novo ela, a nossa "number one" mais querida de todos os tempos da última semana: Michael Burnham. Ela é badass e não tem medo de questionar as ordens de sua capitã. Veremos bons embates entre essas duas. Na verdade estou ansioso por isso! Nunca mais um reles secretário da capitã como foi Chakotay!

Burnham será uma primeira-oficial provocadora

O link com TOS estará presente em todo o momento. Afinal, a série é uma prequel imediatamente anterior aos eventos que amamos na série original. A tarefa de Discovery será entregar o espaço da Federação para Kirk, Spock e Enterprise. Estarão a altura desta tarefa? Veremos.




Novas espécies, novas culturas, novas civilizações. Outro papel importantíssimo de Discovery: abastecer fartamente o cânon de Star Trek com novos e maravilhosos aliens, sejam da Federação ou não. Mais uma vez vemos problemas à frente, já que criar espécies e eventos muito significativos sempre deixará o trekker pensando, como já fez ao assistir Enterprise: uou, tudo isso e nunca foi mencionado na série original? O risco de inverossimilhança é grande.




E por fim, mas não menos importante... Georgiou é a capitã da nave USS Shenzhou. Bom, talvez a nave seja destruída e a capitã assuma a novíssima USS Discovery...



Primeira imagem de Star Trek: Discovery indica protagonismo feminino na série

Capitã Georgiou e Primeira-Oficial Burnham


Em antecipação ao evento de hoje à tarde no qual a CBS dará uma prévia de seus próximos shows, foi divulgada a primeira imagem promocional de Star Trek: Discovery.

Na imagem aparecem a capitã Philippa Georgiou (Michelle Yeoh)  e a Primeira-Oficial Michael Burnham (Sonequa Martin-Green) em uma paisagem desértica. 

Nos detalhes da imagem podemos ver um comunicador e um tricorder.

Comunicador e tricorder


De acordo com o EW a locação da imagem é ha Jordânia. 

É significativo o fato da primeira imagem trazer duas personagens femininas, um indício de que a série terá forte protagonismo das mulheres. 

segunda-feira, 15 de maio de 2017

Lançado primeiro trailer de The Orville, série inspirada em Star Trek


Acho que todos os trekkers que já assistiram Family Guy sabem do amor que Seth MacFarlane tem por Star Trek.

Pois então, vejam QUANTOS ELEMENTOS da franquia ele está colocando em sua nova série The Orville, uma cómedia sci-fi que estreia em breve pela Fox.

O primeiro trailer foi divulgado hoje, e The Orville terá episódios dirigidos por figuras canônicas de Star Trek, tais como Jonathan Frakes, Brannon Braga e Robert Duncan McNeill.

Confira o divertidíssimo trailer de The Orville.




sexta-feira, 5 de maio de 2017

Clare McConnell fala sobre ser uma klingon em Star Trek: Discovery

Com informações de trekmovie.com



Na semana passada, quatro novos atores foram anunciados como parte do elenco de Star Trek: Discovery. E agora um deles está revelando aos poucos sobre o fato de obter um "emprego" como um klingon. Falando com o Metro de Toronto, a atriz canadense Clare McConnell disse que está "muito animada" por conseguir o papel da líder klingon Dennas e que está feliz por finalmente poder falar sobre isso, já que foi escalada para o papel em dezembro passado.

Ela também revelou que teve o apoio de um especialista para ajudá-la a falar klingon.

"Cada série é uma coisa tão clássica, mas também uma coisa tão inovadora", afirma McConnel. "Os atores são realmente encorajados a se apropriarem. Até fui encorajada a fazer da língua klingon a minha língua."

McConnell está, naturalmente, trabalhando sob as regras de sigilo que cercam o show e por isso não poderia dar qualquer detalhe sobre o seu personagem ou o enredo do Discovery, mas pôde descrever algumas coisas em geral, dando suas opiniões sobre os sets e naves: "Parecem incríveis", afirmou. E sobre seu traje klingon disse que é "muito legal". McConnell disse ainda que há uma atmosfera no set que faz todo mundo quer acertar, porque Star Trek é uma série muito amada.

Uma klingon cantando e tocando ukulele

Star Trek: Discovery é o grande sucesso de McConnell como seu primeiro papel na televisão. Ela só recentemente começou a atuar, com apenas dois créditos para seu nome até agora, incluindo o próximo filme independente Dim the Fluorescents. Uma coisa que sabemos sobre ela é que ela toca ukulele, como demonstra em seu canal no YouTube. 

Aqui ela está fazendo sua versão de Nicki Minaj "Anaconda".